O Brasil se tornou o maior importador de diesel da Rússia no ano de 2023, superando a Turquia, para a felicidade de Putin
O jornal Financial Times denunciou e Diogo Mainardi (Não é Imprensa) repercutiu: a importação de diesel cresceu muito no Brasil, em especial do produto oriundo da Rússia.
Mainardi colocou na conta de Lula o papel de destaque no – palavras dele – financiamento da guerra terrorista de Putin contra a Ucrânia, com o aumento de 6000% (sim, 6000 por cento) no volume comprado de diesel adquirido em 2023 em relação ao ano anterior, superando a Turquia. Em valores, foi um negócio de 4,5 bilhões de dólares só em diesel e mais 5,3 bilhões em óleo combustível. Em 2022, os valores foram US$ 95 milhões e US$ 1,1 bilhão, respectivamente.
Bem mais brando, o FT ouviu o governo petista e colocou a situação como resultado da escolha de agentes privados, destacou o controle de preços do diesel para benefício da economia e lembrou da amizade e alinhamento ideológico entre Brasil e Rússia.
Boletim Ciclo Diesel
Segundo a publicação do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, o consumo de diesel no Brasil registrou um crescimento de 3,6% em 2023, alinhado ao aumento de 3,1% no PIB (com dados do IBGE).
2023: o Brasil produziu 47,97 milhões de metros cúbicos de diesel e importou 14,43. Fonte: IBP.
Ainda segundo o IBP, o ano de 2023 foi caracterizado por tensões geopolíticas decorrentes da guerra na Ucrânia e conflitos em Israel. Apesar desse cenário incerto, a Indústria de Óleo e Gás conseguiu atender à demanda nacional de diesel, que ainda depende do mercado externo. O desempenho positivo da produção nacional foi crucial no abastecimento do país. Conforme indicado pelos dados da ANP, o volume de diesel produzido no Brasil aumentou em 5% em comparação com o ano anterior. Além disso, os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) reforçam esse resultado, mostrando uma redução de 9% nas importações totais de diesel em 2023.
Vale lembrar que o diesel da Rússia começou a “queimar barato” em mercados como o do Brasil por conta do embargo da União Européia aos produtos do país iniciado em fevereiro de 2023, após a Guerra da Ucrânia. Nós dependemos da importação de diesel para atender cerca de 20% da demanda interna, incluindo nossas máquinas agrícolas. É o diesel de Putin em nossos tanques.
