Mesmo com alternativas modernas para a mecanização da coleta de palha de trigo, algumas comunidades ainda mesclam o uso de colheitadeiras com práticas centenárias
Um operador colhendo trigo, atravessando a lavoura sem deixar para trás qualquer vestígio de palha. Esta é uma imagem comum no Paquistão e na Índia, onde a mecanização agrícola tem características bem peculiares.
Primeiro, a terceirização é muito comum nestas regiões. Em época de colheita, caravanas de operadores autônomos com suas colheitadeiras antigas cruzam as estradas atrás de trabalho.
Colhendo trigo
Com a falta de recursos nas micro e pequenas propriedades, aluga-se o serviço e muitas vezes o negócio é à moda antiga: lona no chão e o produto descarregado ali mesmo, enquanto dezenas de pessoas juntam a produção em sacos.
Mas falando em palha, outra situação bem comum é o uso de colheitadeiras antigas com coletores de palha. A máquina não deixa nada no chão e vai acumulando em uma pequena caçamba, descarregando quando este chega no limite da capacidade, para que o contratante faça bom uso do produto.
A palha (ou Bhoosa como eles chamam por lá) é coletada, colocada em grandes caixotes de madeira montados no solo e pisoteada até ficar compactada na “forma”. Depois, a cobertura é selada com barro. A técnica milenar para o estoque de comida para os animais é o final do processo, que iniciou na máquina.
É claro que estes países também contam com propriedades usuárias de mecanização, balers, enfardadeiras e tudo mais na colheita de trigo e outras atividades. O interessante é observar que mesmo nos dias de hoje, as técnicas de antigamente ainda fazem sucesso, por necessidade ou tradição.